quinta-feira, 10 de junho de 2010

REPORTAGEM 1 - LIXO FARMACÊUTICO


Entidade faz coleta de lixo farmacêutico reciclável

Araçatuba - O setor farmacêutico de Araçatuba está descobrindo a importância da reciclagem do lixo produzido pelas farmácias e drogarias. Em parceria com a Acrepom (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Outros Materiais Recicláveis de Araçatuba), a farmácia de manipulação Manipullis é a pioneira no município na reciclagem de lixo farmacêutico.


Embora o lixo contaminável ainda seja recolhido semanalmente pela Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), cerca de 90% dos resíduos de uma farmácia podem ser reciclados.

O lixo contaminável, diferentemente daquele que pode ser reaproveitado, é composto por resíduos tóxicos como materiais cortantes (agulhas e seringas), restos de secreção de exames e remédios vencidos.

Desde a implantação do programa no ano passado, a farmácia tem recolhido semanalmente três tambores de 60 litros cada um com vidro, papel e plástico destinados à reciclagem na Acrepom. O lixo é doado gratuitamente à entidade, que o direciona às famílias catadoras da cidade.

O projeto contribui para a limpeza e conservação ambiental e fornece emprego e acréscimo de renda a famílias que sobrevivem dos resíduos recolhidos em lixões da cidade. As embalagens podem ser reutilizadas na fabricação de produtos, como frascos para água sanitária e brinquedos.
O projeto tem a preocupação de reduzir a quantidade produzida por meio de uma política de economia, redução do desperdício e da reutilização de recursos.

A farmácia adota o lema "Reutilizar, Reaproveitar e Reciclar" e picota o papel proveniente de atividades burocráticas e utiliza-o para acondicionar vidros frágeis, por exemplo.
A farmacêutica-bioquímica Andréa Lúcia Mendes, dona da farmácia e presidente da Associação dos Farmacêuticos da Noroeste, acredita que a medida aos poucos será adotada por toda a iniciativa privada.

"A importância do projeto será ainda maior quando as pequenas ações realizadas atualmente tomarem dimensões coletivas", afirma Andréa. "A população preocupa-se apenas em tirar o lixo de perto de si, mas não se preocupa com a quantidade nem com o destino dos resíduos."

O projeto ultrapassa o trabalho dos funcionários e abre espaço à participação de clientes, que recebem folhetos de orientação a fim de propagarem e contribuírem para a coleta seletiva. Os moradores que desejarem participar do projeto podem depositar o lixo nos tambores que ficam alojados ao lado da farmácia, na rua Floriano Peixoto, 418, no centro da cidade.


Fonte: http://www.folhadaregiao.com.br



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